Espanhóis já têm lista de possíveis sucessores de Zidane

Joaquin Low ou Mauricio Pochettino são apontados como dois dos mais prováveis candidatos a ocupar o banco de suplentes do Real Madrid.: Espanhóis já têm lista de possíveis sucessores de Zidane

Zinedine Zidane, técnico que há alguns dias venceu a Liga dos Campeões, pelo Real Madrid, frente ao Liverpool, anunciou esta quinta-feira, em conferência de imprensa, a sua saída do clube merengue. O técnico francês defendeu que o clube precisa de ser ‘refrescado’ para voltar a ter êxito desportivo, sendo que, a sua saída, é por si encarada, como sinal dessa necessária renovação.

Minutos depois de surgir em público, os jornais espanhóis começaram a elencar os possíveis sucessores do técnico francês. Mauricio Pochettino e Joaquin Low são dois dos ‘preferidos’ da imprensa espanhola, especulando-se que será também essa a intenção do emblema madridista.

Com o Mundial à porta, com necessidade de preparar a próxima temporada, Florentino Pérez terá agora pouco tempo para fazer a sua escolha, sendo que além do selecionador alemão e do treinador do Tottenham, também estarão a ser equacionados nomes como Maurizio Sarri, que deixou o Nápoles, Antonio Conte, que estará de saída do Chelsea, ou Arsène Wenger e Guti.

Durante os próximos dias, até porque o tempo urge, deverá ser anunciado o novo treinador blanco, sendo que, neste momento, o clube enfrenta também a possibilidade de que Cristiano Ronaldo abandone o Santiago Bernabéu.

ONU adverte que Gaza está à beira da guerra

A última escalada de confrontos entre Israel e os palestinos está levando a Faixa de Gaza para a beira de uma guerra, advertiu nesta quarta-feira o enviado especial da ONU para o Oriente Médio.

“Esta última série de ataques é uma advertência para todos do quanto estamos perto de uma guerra todos os dias”, disse Nickolay Mladenov em uma comunicação com o Conselho de Segurança da ONU por um vídeo de Jerusalém.

O Conselho teve uma sessão de urgência a pedido dos Estados Unidos, que pediu ao organismo que condenasse os recentes ataques do Hamas e a Jihad Islâmica contra Israel.

Mas o Kuwait, integrante não permanente do Conselho que representa os países árabes, bloqueou o projeto de declaração promovido por Washington, argumentando que iria apresentar nesta semana seu próprio projeto para superar a crise com medidas de proteção aos palestinos.

Uma série de foguetes e morteiros lançados contra Israel de Gaza fez que Israel respondesse com ataques a 65 locais na Faixa de Gaza.

Esta escalada de violência é a maior desde a guerra de 2014 entre Israel e Gaza acontece após semanas de mobilizações palestinas em protesto contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos em Israel para Jerusalém, que deixaram um saldo de 100 palestinos mortos nas mãos das forças de segurança israelenses.

A calma voltou a Gaza nesta quarta-feira, mas o enviado especial da ONU advertiu que a continuidade dos protestos previstos poderiam gerar mais violência.

“Ninguém em Gaza pode permitir outra guerra”, disse Mladenov.

Em um e-mail à delegação dos Estados Unidos, o Kuwait afirmou: “Não podemos concordar com o texto que sua delegação apresentou, especialmente porque estamos considerando um rascunho de resolução que aborda a proteção de civis nos territórios palestinos ocupados e na Faixa de Gaza”.

Os Estados Unidos, que têm direito a veto no Conselho, se oporá a essa proposta, disse à imprensa o embaixador israelense na ONU Danny Danon.

“O povo de Gaza não precisa de proteção de uma fonte externa. O povo de Gaza precisa ser protegido do Hamas”, disse a representante americana na ONU Nikki Haley.

O embaixador francês, Francois Delattre, advertiu que a incapacidade do Conselho para adotar uma resposta diante da crise de Gaza prejudica as Nações Unidas.

O silêncio “não é aceitável para as populações palestina e israelense, afetadas por este conflito. Não é aceitável para o mundo, que está nos observando”, disse

RDC: Kabila, contra a Constituição e contra conselhos de João Lourenço, prepara 3ª candidatura

O risco de uma 3ª candidatura de Joseph Kabila para o cargo de Presidente da República poder levar à implosão da República Democrática do Congo (RDC), o mais problemático e potencialmente desestabilizador país de África, é evidente e por todos reconhecido, mas é, precisamente o que está a acontecer, mesmo com a Constituição a proibir de forma clara essa possibilidade.

Fonte: NJ 

A capital da RDC, Kinshasa, apareceu, nos últimos dois dias, com dezenas de cartazes e outdoors (foto) com a cara de Joseph Kabila e com frases indicadoras de que o Partido do Povo para a Reconstrução e Democracia (PPRD), liderado pelo também Chefe de Estado, já escolheu o seu candidato às eleições presidenciais de 23 de Dezembro próximo: Joseph Kabila.

Aquilo que inicialmente parecia, mesmo para analistas congoleses ouvidos pela imprensa local, uma provocação sem consequências graves, rapidamente se transformou numa certeza, depois de começarem a ser divulgadas notícias de que o PPRD está em plena campanha de promoção de Kabila como seu candidato em todo o país, incluindo pequenas aldeias longínquas.

Apanhando tudo e todos de surpresa, a possível candidatura de Kabila ainda não foi sequer digerida pela oposição, até porque esta vê a Constituição da República como uma “barreira intransponível” para que tal candidatura possa ser concretizada, quando consente apenas dois mandatos consecutivos no cargo de Presidente da República, o que Joseph Kabila completou já em Dezembro de 2016.

Recorde-se que a manutenção no poder até agora só foi possível porque Kabila e a oposição assinaram um acordo, o acordo de São Silvestre, a 31 de Dezembro de 2016, com a intermediação dos bispos católicos congoleses, como única forma de travar as múltiplas manifestações que estavam a ocorrer e nas quais, só entre Setembro e Dezembro desse ano, provocaram a morte a mais de 150 pessoas das dezenas de milhares que saíram às ruas a exigir a sua saída do poder.

Nesse acordo, Kabila comprometeu-se a realizar eleições durante 2017, o que não fez, justificando com atrasos no registo eleitoral, ganhando mais um ano no poder, refazendo a promessa de organizar eleições a 23 de Dezembro de 2018, apesar de as manifestações e as mortes terem voltado às maiores cidades da RDC, desta feita em manifestações organizadas por movimentos ligados à igreja católica.

Esta súbita arrancada da “campanha” pró Kabila emerge de um contexto em que alguns países, incluindo Angola, o Ruanda e a França, através dos seus Chefes de Estado, vieram a público apelar e aconselhar Kabila a não se recandidatar, a cumprir o acordo de São Silvestre e a deixar o poder logo após as eleições.

  • Conselhos enviados de Paris

O Presidente angolano, a partir de Paris, no decurso da sua visita oficial a França, aproveitou para clarificar que não existe nenhuma conspiração contra Kabila, há apenas uma preocupação de que a RDC consolide a sua estabilidade, até porque, sublinhou, “de nada valem eleições se estas não forem reconhecidas pela comunidade internacional”, o que seria claramente o caso se a eventual recandidatura se vier a confirmar, como tudo aponta ser o caso.

Os analistas congoleses viram a recente remodelação do Tribunal Constitucional como um sinal de que o regime está a preparar a recandidatura de Kabila ao colocar juízes mais “sensíveis” às pretensões do PPRD, embora a Constituição não tenha sido alterada, mantendo a proibição de um terceiro mandato consecutivo.

No entanto, para ultrapassar esse obstáculo, algum truque na manga Kabila terá, admitem hoje alguns media congoleses. Mas qual?, é a questão para a qual restam poucas respostas.

A primeira é realizar eleições contra tudo e contra todos, mesmo correndo o risco de os principais partidos não alinharem, colocando no boletim de voto concorrentes-fantoche, mesmo sob a ameaça de severas sanções da comunidade internacional, incluindo a União Africana (UA), liderada pelo Presidente do Ruanda, Paul Kagame, que já disse estar frontalmente contra essa possibilidade.

Mais: Lambert Mende Omalanga, ministro da Comunicação Social da RDC e porta-voz de Kabila, acusou publicamente Kagame e Lourenço de estarem a forjar um “complot” para afastar o Presidente da RDC, com o apoio do Presidente francês, Emmanuel Macron.

Na mesma ocasião garantiu que o seu Governo não iria aceitar tal coisa e prometeu “ir até ao limite”, embora sem explicar como e o quê, na resposta a dar a essa “task force” externa na sua procura de intromissão nas questões internas congolesas.

E foi a isso que respondeu o Presidente angolano a partir de Paris, sublinhando que não era só ele, nem Kagame nem Macron, mas também o sul-africano Cyril Ramaphosa ou o líder da comunidade da África Central, Ali Bongo, do Togo, que estão preocupados com o futuro da RDC e da sua grandeza enquanto país e enquanto potencial desestabilizador de toda a região dos Grandes Lagos ou mesmo continental.

E ainda que não era nenhuma “conspiração” contra Kabila, mas apenas um aconselhamento ao Presidente congolês e o apelo a que seja cumprido o acordo de São Silvestre, que desde 31 de Dezembro de 2016 pressupõe a saída do poder de Kabila logo após as eleições.

  • O truque na manga de Kabila

É certo que Joseph Kabila está a dar mostras de querer mesmo avançar, contra o acordo que assinou, contra a ONU e a União Africana, e contra o seu próprio povo, largamente indisposto com ele, que manteve e aprofundou a perpétua pobreza extrema do país, apesar de ser um dos mais ricos do mundo em recursos naturais.

Isso mesmo resulta na forma de conclusão da aposta do seu partido, o PPRD, na distribuição de cartazes com a sua cara e a anunciar estar a “100 %” com Kabila, de t-shirts, desde as ruas de Kinshasa, às mais recônditas aldeias do Congo profundo.

E ainda do calendário eleitoral, que impõe o fim do prazo para apresentação de candidaturas presidenciais para as eleições de 23 de Dezembro, daqui a escassas 9 semanas, sem que o PPRD tenha aludido a qualquer outro nome como possível candidato, deixando, com mais ou menos semântica, o espaço todo no palco da corrida eleitoral ao seu “candidato Kabila”.

Mas como vai Kabila contornar a Constituição? E evitar a repetição do caos que ocorre sempre que existem eleições com transição de poder? Ou fazer esquecer que em quase 60 anos de independência, nunca houve uma mudança de rosto no poder sem estar alicerçada em violência extrema, com milhares de mortos por arrasto? Ou ainda ultrapassar a carta da União Africana, que não deixa espaço de manobra para a conquista ou manutenção de poder à margem da Constituição de cada um dos seus membros?

À excepção da primeira pergunta, todas as outras são respondidas com um cenário único: fazer com que o seu nome seja o único capaz de emergir do caos para estabilizar a RDC depois de um previsível período de violência.

Mas a primeira é aquela que contém a eventual resposta mais importante: a questão das imposições e limites constitucionais à sua recandidatura.

Kabila pode estar a desenhar um plano que lhe permita esgrimir argumentos no sentido de que não está a incumprir com o disposto na Constituição, o que passa por alegar que o período em que manteve o poder interinamente, graças ao acordo de São Silvestre, nos últimos dois anos, é o suficiente para que a sua candidatura no próximo 23 de Dezembro não seja considerada sucessiva.

E é nisso que parecem acreditar também os seus homens no PPRD, como o disse, sem detalhes, o secretário permanente do partido, Emmanuel Ramazani Shadari, quando, numa recente mensagem radiofónica, afirmou: Estamos com Kabila, Continuamos com Kabila e continuaremos com Kabila”.

  • Falsa garantia?

A tudo isto, surge encimada a garantia dada há meses pelo seu ministro Lambert Mende de que não seria candidato, porque não lho permite a Constituição. Agora, questionado pelos jornalistas sobre essa garantia, respondeu no mesmo tom: “Não estamos a prever mudar a Constituição!”.

O que não será necessário se a opção for argumentar com este tempo de poder interino como separador do impedimento constitucional baseado na proibição de um 3º mandato… consecutivo.

Mas existem outras “tecnicalidades” que podem ser aduzidas, como relatam os media congoleses: o facto de ter havido uma mudança constitucional entre 2006 e 2011, levando o Tribunal Constitucional, para onde entraram pelo menos dois aliados de Kabila como juízes, a considerar a não aplicabilidade dessa alínea constitucional porque o ainda Chefe de Estado foi eleito em 2001 e a alteração sucedeu durante os seus dois mandatos.

Ou ainda a convocação de um turbo-referendo que pode ser condicionado ou manipulado de forma a dar a resposta pretendida: a sua recandidatura e o inevitável lançamento da República Democrática do Congo num novo banho de sangue, como temem os Presidentes João Lourenço, que lidera o Órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança, da SADC, e Paul Kagame, que é o actual líder da União Africana e Presidente do Ruanda.

Drake fala sobre sua foto que serviu de capa para faixa diss "The Adidon Story" do Pusha T

A diss “The Story of Adidon” do Pusha T para Drake estremeceu o cenário hip-hop, e cada ponto dela foi pensado de forma estrategicamente cirúrgica. A capa do material é uma foto antiga em que o canadense aparece fazendo “black face”, a qual é uma prática teatral antiga em que atores brancos pintavam o rosto de preto para representar personagens afro-americanos de forma exagerada, e essa imagem causou controvérsia.

Pressionado então com situação, Drizzy usou redes sociais para explicar imagens, afirmando que diferente do que vinha sendo falado, esse e mais outros retratos semelhantes foram tirados como forma de protesto pela falta de chances para atores negros na indústria. “Eu sei que todo mundo está curtindo o circo, mas eu quero esclarecer essa imagem em questão. Isso não é de uma campanha de marca de roupas ou da minha carreira musical. Essa imagem é de 2007, um tempo em que estava trabalhando em um projeto que envolvia jovens atores batalhando pelos seus papéis, sendo estereotipados e recebendo papéis padrões. As fotos representam como afro-americanos eram erroneamente retratados no entretenimento. Eu e meu melhor amigo na época, Mazin Elsadig, que é um ator do Sudão, tentávamos usar nossa voz para conscientização sobre os problemas que enfrentávamos o tempo todo em audições por sermos negros. Isso foi para destacar e aumentar nossas frustrações com nem sempre termos chances justas na indústria e e frisar que a batalha para atores negros não mudou muito”, declarou.

Acordos de Bicesse 27 anos depois

Há 27 anos, a 31 de Maio de 1991, o antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e o falecido Jonas Savimbi assinavam em Portugal, os Acordos de Bicesse, que marcaram uma fase decisiva para o fim da então guerra civil que assolava Angola desde a Independência em 1975.

Fonte: JA

Inicialmente tido como início de uma nova era de abertura política e económica, os Acordos de Bicesse ficaram na História recente de Angola como a primeira tentativa de entendimento entre o Governo e a rebelião armada. Desde 1975, foram várias e diferentes as tentativas de aproximação para um eventual entendimento que culminasse no fim da guerra civil, nomeadamente o ensaio da Política de Clemência e Harmonização Nacional, bem como a cimeira de Chefes de Estado, realizada em Gbadolite, por iniciativa do antigo Presidente do ex-Zaire, Mobutu Sesse Seko. 
Em todas as iniciativas, nunca as duas partes chegaram ao ponto mais esperado: selar os entendimentos num aperto de mãos e acordo escrito para ser executado, com a mesma dimensão de Bicesse. Nesta localidade portuguesa, o acordo entre o Governo e a então rebelião armada atingiu uma dimensão nunca antes vista, quer pela conjuntura internacional, marcada pelo fim da Guerra-Fria, quer pelos compromissos assumidos, quer pela mobilização da comunidade internacional. Na verdade, com Bicesse, o povo angolano esperava ver terminado todo um ciclo de violência que apenas contribuía para fazer regredir o país. E com a esperança trazida por Bicesse renovaram-se os desafios e as expectativas relacionadas com o advento de uma nova era de paz, de estabilidade e de perspectivas de desenvolvimento. 
Em pouco tempo, a população angolana, de Cabinda ao Cunene, experimentou uma fase notável em termos de circulação de pessoas e bens, por força da cessação das hostilidades militares, acompanhadas de outros passos igualmente de natureza militar e política que encaminhavam Angola para a paz definitiva. Assim, passaram a estar em andamento, durante um ano, preparativos para que Angola realizasse as suas primeiras eleições gerais, um ano depois, num ambiente carregado sobretudo de esperança de um país reencontrado a todos os níveis. Embora efémera, foi bom viver a experiência de Bicesse sobretudo porque permitiu comprovar que os irmãos desavindos podiam entender-se. 
 
Infelizmente, o machado da guerra não tinha sido inteiramente enterrado, razão pela qual os Acordos de Bicesse não tinham passado de simples folhas escritas que passaram para a História.
Hoje, 27 anos depois, Bicesse faz parte da História contemporânea de Angola e, embora sirva hoje para académicos e estudiosos, na verdade, o acordo permitiu a cada angolano compreender que o entendimento e a coexistência entre diferentes sensibilidades políticas era possível. Assim é que, mais de dez anos depois, os angolanos foram capazes de materializar o Acordo de Paz do Luena, a quatro de Abril de 2002, cujas bases de reconciliação e convivência na adversidade têm sido fortalecidas todos os dias de Cabinda ao Cunene.
Auguramos que o espírito que permitiu forjar os Acordos de Bicesse, sobretudo a componente que ajudou os angolanos a compreenderem que é possível viverem como irmãos, entenderem-se e gerirem as suas diferenças, sirva como paradigma para as gerações actuais e vindouras.

Angola consegue acordos de mil milhões de euros

Mais de mil milhões de euros foram “encaixados” junto de parceiros económicos, como resultado dos acordos assinados por Angola e França, no quadro da visita oficial que o Presidente da República, João Lourenço, terminou ontem àquele país europeu.

O pacote financeiro compreende 100 milhões de euros cedidos pela Agência de Desenvolvimento da França (ADF), destinados para apoiar a actividade agrícola.
O chefe de Estado angolano liderou uma comitiva multi-sectorial na sua primeira deslocação a um país da União Europeia e cumpriu uma agenda diversificada com encontros com autoridades empresariais de topo em França.
Destaca-se igualmente o acordo de facilitação financeira, assinado com o Crédit Agricole, também de França, para financiamento de projectos de até 500 milhões de euros, além do protocolo para apoio técnico à elaboração de projectos.
No balanço, o ministro das Relações Exteriores confirmou os dados. Manuel Augusto acrescentou que o “pacote financeiro”, a par do rubricado no sector dos petróleos, nomeadamente o investimento que a operadora Total vai fazer nas áreas de exploração e de distribuição, conseguiu-se um acordo para concessão de 50 bolsas a estudantes do sector petrolífero.
“O envelope financeiro resultante desta visita ultrapassa os mil milhões de euros. Os resultados foram para além das expectativas”, disse o ministro, aos jornalistas, à saída de um encontro que o Presidente da República teve, numa mediateca em Toulouse, com a comunidade angolana.
Além de ter estado no Palácio de Eliseu, em Paris, com o seu homólogo francês, Em-manuel Macron, João Lourenço assistiu à assinatura dos acordos no domínio da defesa; a Convenção com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), no campo da Agricultura; Convenção sobre a subvenção dos estudos com o Fundo para Expertise e o Reforço das capacidades da Agência Francesa de De-senvolvimento; e Estabelecimento do “Proparco” – Promoção e Participação para Cooperação Económica – filial da AFD para o sector privado. A França é um parceiro estratégico de Angola, conforme assegurou à imprensa o Presidente da República, no encontro o homólogo francês, Emmanuel Macron.
Para esclarecer o significado da nova etapa no relacionamento entre as duas nações, o ministro Manuel Au-gusto disse que agora se aguar-da que a parceria se traduza em acções concretas e em projectos de impacto.
As visitas a alguns empre-endimentos do sector agro-pecuário abriram, também, outras perspectivas para a cooperação com a potência europeia. O desenvolvimento de projectos agrícolas, com base nas novas tecnologias e apoio francês, modelos recentes de organização, como os constatados nas cooperativas, em Toulouse, foi apontado como caminho certo para o sucesso.

  • Situação na RDC

Os dois chefes de Estado, estreantes na presidência dos seus países, aproveitaram o “momento” para falar da situação internacional, com atenção à África Central e ao processo político em curso na República Democrática do Congo (RDC). Sobre isso, João Lourenço e Emmanuel Macron convergiram, sendo que o Chefe de Estado anfitrião se mostrou disposto a ajudar, sempre que for solicitado, embora tenha reconhecido o papel de Angola nessas regiões.

Os presidentes divulgaram uma declaração conjunta, onde a França e Angola se engajam a cooperar no sentido de ajudar a RDC, as autoridades daquele país e as outras forças políticas a terem em conta o processo eleitoral previsto para Dezembro.
Manuel Augusto disse que “Angola é um país vizinho da RDC e o interesse reside na necessidade de haver estabilidade e segurança nas suas fronteiras”, já que os dois povos mantêm laços históricos. “Por essa razão, o processo na RDC não pode passar indiferente para as autoridades e para o povo angolano”, referiu o chefe da diplomacia angpolana, reforçando que “não assiste (a Angola) nenhuma intenção de interferir no processo político na RDC”.
Na qualidade de país vizinho ou como presidente do órgão para Política e Defesa da região da SADC, Manuel Augusto entende que Angola tem obrigações para acompanhar de perto o processo na RDC.
Em reacção às declarações do Presidente João Lourenço, um porta-voz da RDC disse que mais uma vez estava-se a falar do seu país sem que os principais interessados estivessem no local. Manuel Augusto referiu que seria muito difícil levar um representante da RDC a todo o lugar que se pudesse falar do país vizinho. 
“Somos da região, para ser só mais restrito”, lembrou o ministro, sublinhando que, mais do que isso, Angola preside ao órgão para a Defesa, Política e Segurança da SADC.

Árbitro que vai representar Angola no Mundial de Futebol da Rússia sem divisas para a deslocação

O árbitro angolano escolhido pela FIFA para integrar o lote de juízes de linha para o Mundial de Futebol Rússia 2018 está a enfrentar sérias dificuldades para obter moeda estrangeira que lhe permita viajar para a Rússia a 02 de Junho.

Gerson Emiliano dos Santos, árbitro-assistente internacional angolano, segundo a Angop, diz que a política cambial dos bancos comerciais é a principal dificuldade para embarcar rumo à Rússia.

O árbitro explicou que contactou os bancos e entidades, mas aguarda uma resposta.

“A maior dificuldade está na política existente em alguns bancos, já tenho o cartão BAI activado, estou a aguardar a resposta do BFA, que tem alguma política na aquisição das divisas, uma vez que o Lubango não pode decidir. Penso que o documento está a nível de Luanda. Estou à espera que seja autorizado para que as divisas estejam disponíveis”, explicou.

“Acredito na boa-fé dos dirigentes nacionais, da direcção do BFA, penso que só falta esse documento que posso considerar simples, mas é impossível tê-lo aqui, porque o bilhete foi comprado fora do país, mas tenho todo o processo preparado e penso que poderão abrir uma excepção para a aquisição”, acrescentou.

Gerson Emiliano dos Santos é um árbitro huilano e professor de Matemática, contando actualmente com 35 anos de idade, casado e pai de duas filhas.

Pela FIFA, Gerson Emiliano começou a sua carreira como assistente internacional em 2014, nos jogos olímpicos da juventude, em Nanjing, China, tendo-se seguido o Mundial de Sub-17, em 2015, no Chile, Mundial de Clubes no Japão em 2016 e Mundial de sub-20, em 2017, na Coreia do Sul. Também já cumpriu dezenas de missões pela CAF, como o CAN2013 na África do Sul e outros compromissos de clubes.

Braço direito do líder norte-coreano chega a NY

O braço direito de Kim Jong Un, general Kim Yong Chol, chegou nesta quarta-feira (30) a Nova York, onde deve se reunir com o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, para preparar a cúpula entre Donald Trump e o líder norte-coreano.

Kim Yong Chol chegou ao aeroporto Kennedy a bordo de um voo da companhia aérea Air China, informou um porta-voz da missão norte-coreana nas Nações Unidas. É o funcionário norte-coreano de mais alto perfil a pisar em solo americano em 18 anos.

O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, que já se reuniu com ele em suas duas viagens a Pyongyang este ano, o esperava para um jantar nesta quarta-feira e vários encontros na quinta-feira, segundo a Casa Branca.

O objetivo dos encontros deverá ser a conclusão do planejamento da cúpula prevista para 12 de junho em Singapura e acelerar os preparativos, uma semana depois de Trump ter escrito a Kim Jong-Un para comunicar a suspensão da cúpula por causa da “hostilidade” do governo norte-coreano.

Três séries de encontros estão sendo organizados em paralelo esta semana entre estes dois países que não têm relações diplomáticas e que meses atrás trocavam ameaças de ataques.

A reunião de mais alto nível será entre o secretário americano de Estado, Mike Pompeo, que na quarta e quinta-feira terá em Nova York seu terceiro encontro com o general Kim Yong Chol, após as duas visitas que fez a Pyongyang há pouco tempo.

Kim Yong Chol, vice-presidente do comitê central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte e que 2009 a 2013 esteve à frente do serviço de espionagem do país, desembarcou nesta quarta-feira no aeroporto de Pequim para prosseguir sua viagem até os Estados Unidos.

O avião da Air China com o general Kim deve pousar em Nova York às 18H20 GMT (15H20 de Brasília), segundo a agência sul-coreana Yonhap.

– Desnuclearização –

Trata-se do funcionário norte-coreano de mais alto escalão a pisar em solo americano desde que o vice-marechal Joe Myong Rok se reuniu em 2000 com o presidente Bill Clinton.

Kim Yong Chol é alvo de sanções americanas desde 2010. Para sua chegada a Nova York essas sanções provavelmente foram suspensas. “Imagino que o necessário tenha sido feito”, se limitou a comentar a respeito a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.

No domingo, os negociadores americanos, liderados pelo embaixador de Washington nas Filipinas, Sung Kim, começaram a se reunir com seus homólogos norte-coreanos na localidade de Panmunjom, na zona desmilitarizada que separa as duas Coreias.

AFP/Arquivos / WANG ZhaoGeneral norte-coreano Kim Yong Chol atrás de Ivanka Trump na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Pyeongchang em 25 de febrero de 2018

O secretário-geral adjunto da Casa Branca, Joe Hagin, se encontra em Singapura visando os preparativos logísticos da cúpula. Um fotógrafo da AFP pôde ver nesta terça-feira Kim Chang Son, um assessor muito próximo de Kim Jong-Un, na cidade-estado da Ásia.

Finalmente, Trump se reunirá em 7 de junho na Casa Branca com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, pouco antes da cúpula do G7 no Canadá.

Os diplomatas têm apenas duas semanas para concluir a preparação logística da cúpula e definir a agenda.

Washington exige de Pyongyang uma “desnuclearização completa, verificável e irreversível” antes de qualquer suspensão das pesadas sanções internacionais que afetam a Coreia do Norte em represália por seus programas nuclear e balístico.

Mas Pyongyang nunca aceitou pagar esse preço, considerando seu arsenal uma garantia da sobrevivência do regime.

Kim Yong Chol é parte do entorno próximo de Kim Jong-Un e desempenhou um papel importante na aproximação diplomática que levou à distensão na península coreana nos últimos meses. Em fevereiro, na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos da Coreia do Sul, estava sentado atrás da filha de Donald Trump Ivanka.

Além disso, acompanhou Kim Jong-Un em suas duas viagens recentes à China.

O general é uma figura muito controversa na Coreia do Sul, onde o acusam de ter autorizado o ataque, em 2010, contra a corveta sul-coreana “Cheonan”, incidente no qual 46 marinheiros morreram. A Coreia do Norte nega ser responsável pelo caso.

Legisladores da oposição sul-coreana protestaram em fevereiro contra a visita de Kim, a quem chamaram de “criminoso de guerra diabólico”.

Imigrante que resgatou criança em Paris se torna bombeiro

Crédito: AFP PHOTO / BSPP / ERWAN THEPAULT

O imigrante Mamoudou Gassama, do Mali, que foi aclamado como herói e ganhou o apelido de Homem-Aranha, começou estágio no corpo de bombeiros da capital francesa. As informações são do site Indy 100, veiculado ao jornal britânico The Independent.

Na última terça-feira (29), o imigrante que vivia ilegalmente na França tornou-se famoso depois que um vídeo em que ele escalava um prédio para salvar um menino de quatro anos viralizou na internet.

O incrível gesto de bravura foi recompensado pelo presidente François Macron, que concedeu a cidadania francesa e ainda concedeu um estágio de 10 meses no Corpo de Bombeiros de Paris um pagamento de 600 euros (cerca de R$2.600) por mês.

Cleo Pires critica censura a mamilos nas redes sociais e desabafa: “É machismo!”

Crédito: Reprodução/Instagram

A atriz, modelo e agora cantora Cleo Pires usou seu Instagram para desabafar sobre a censura imposta pelas redes sociais sobre mamilos.

Para isso, ela postou um vídeo em que usa uma blusa branca molhada, e que consequentemente fica transparente, deixando seus mamilos à mostra.

Na legenda, Cleo relacionou a censura ao machismo e ainda questiona se ela deve se vestir de acordo com o que um homem pensa. 

“Meus seios não são orgãos sexuais. Antes, são orgãos feitos para alimentar um bebê! É MACHISMO eu não poder expor meus seios da forma que eu quero em uma plataforma digital e ela apagar minha foto por isso, enquanto um homem pode posar sem camisa e ser tratado normalmente. Eu tenho que manter meus seios presos porque um homem pode se sentir atraído??? Então como eu me visto deve ir de acordo ao que um homem pensa?”, escreveu.

O Instagram é a rede social que mais tem costume de censurar fotos postadas pelos usuários. Os casos também podem acontecer por denúncia de outros usuários. A apresentadora Fernanda Young e a atriz Gisele Itié já tiveram fotos retiradas da rede social por mostrar o mamilo.